
INFÂNCIA - Samba 2
INFÂNCIA Terra onde plantei lembranças, País inocente, Sem fronteiras, País da volta permanente Donde fui expulso muito cedo. Na fronteira do meu silêncio, Volto com pés descalços, Infatigável, Repleto de lembranças. Infância, Voz antiga que Ainda sente a Ameaça de seus abismos, Suas penúrias, Com pés descalços na geada, Para a escola Para a terra lavrada. Da infância guardo imagens de Árvores carregadas de pássaros, Hoje, são poucas àquelas que ainda Dão frutos. A plenitude dos instantes em que mergulhei por inteiro, Deitava-me ao lado de minha solidão Para descobrir que hoje Sou um animal ferido de perguntas, Um pequeno nada De poucas respostas. Infância, terra iluminada, Apesar das amarguras. Na casa de minha infância havia um porão e um sótão cheio de fantasmas. Sem ELES corria o risco De ficar sozinho. A casa onde nasci retiro sagrado da memória, a eternidade paralisada, sua tempo e silêncio e transpira sonhos.

No comments yet!
Be the first one to show your love for this song