
Lisboa, és mulher de ventre aberto
Lisboa, és mulher de ventre aberto, Com lençóis ao sol nas varandas, Beijas o Tejo em passo incerto, E seduzes com promessas brandas. Tens cabelo feito de ruas, E gargalhadas nos elétricos velhos, Choras nas noites mais nuas, Com olhos bordados de espelhos. [Chorus] Lisboa, és mulher sem idade, Com perfume de saudade e mar, Tens nos seios a liberdade, E nas ancas — o verbo ficar. És amante que ninguém esquece, Mesmo quando faz sofrer, Quem te prova, não adormece, Lisboa… és puro prazer. Andas descalça entre colinas, Com o peito cheio de janelas, Guardas fados nas esquinas, E pecados nas capelas. Tens mil nomes nos teus becos, E segredos em Alfama a arder, És rainha entre os farelos, És menina sem saber. [Chorus] Lisboa, és mulher sem idade, Com perfume de saudade e mar, Tens nos seios a liberdade, E nas ancas — o verbo ficar. És amante que ninguém esquece, Mesmo quando faz sofrer, Quem te prova, não adormece, Lisboa… és puro prazer. Às vezes és mãe cansada, Que embala o povo com fé, Outras, és madrugada, De vinho, guitarra e café. Mas em tudo o que és, és fogo, Mesmo quando finges flor, E quem te leva pouco a pouco, Fica preso no teu sabor.
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