Amar é bom, mas desamar dói - Ana Corujo

Amar é bom, mas desamar dói. Relacionar-se tem essa capacidade de transformar sua independência de alma em uma dependência de existência. Eu não existia mais sem você e não queria descobrir nenhum novo eu em mim. Não queria segurar peso nenhum, dor nenhuma, só chorava por não ter mais você ao meu lado, em nossa cama, em nossa casa. Aquilo não era meu, tudo aquilo era nosso, nós dois... me ensinaram a ser dois, a somar. Aprendi que nós dois juntos éramos mais e de repente, todo aquele nosso se tornou uma equação complexa até para grandes matemáticos. Você, eu e nós, menos você e nós, só me sobrava todo esse eu que não conhecia. Amar é bom, mas desamar dói. Você, eu e nós, menos você e nós, só me sobrava todo esse eu que não conhecia. Eu não existia mais sem você e não queria descobrir nenhum novo eu em mim. Amar é bom, mas desamar dói.