Foi o Markl que viu primeiro, Na internet, sem aviso, Uma mão de aspecto estranho, Mas com um toque... indeciso. Era um gesto meio torto, Com uns dedos meio em drama, E ele disse com conforto: "Isto é claramente... uma mão humana." (Refrão) Ai, Nuno, trovador dos dias, Do meme ao fado real, Tens guitarra nas ironias, E alma num dedo digital. Transformaste em poesia, O que era só fotografia, E hoje a mão humana guia, Esta nação de nostalgia. Do Instagram para a rádio, Foi só um clique de saudade, E a mão virou fadário, Com fãs a chorar de verdade. Com voz doce e indignada, Disseste o que ninguém viu, “Olhem bem esta mão calada, É humana, sim senhor — e viu o Brasil!”* (Refrão) Ai, Nuno, trovador dos dias, Do meme ao fado real, Tens guitarra nas ironias, E alma num dedo digital. Transformaste em poesia, O que era só fotografia, E hoje a mão humana guia, Esta nação de nostalgia. Agora há t-shirts e brindes, Com a mão em pose imortal, E o povo, que antes era triste, Riu-se como num arraial. Porque entre fado e comédia, Há ternura que nos salva, E o Markl, com sua enciclopédia, Faz do meme uma balada. (Último refrão) Ai, Nuno, bardo dos tempos, Da infância ao nonsense profundo, Foste tu que nos lembraste Que há beleza neste mundo. E se o fado é desatino, Entre riso e mão tamanha, Bebe-se melhor o destino, Com o Markl… numa estranha campanha.

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